segunda-feira, 9 de maio de 2011

CADERNO LITERÁRIO I N O RECANTO DAS LETRAS DE CRIAÇÃO DA POETA E ESCRITORA TANIA ORSI VARGAS


imagem/Mateus Zaccaro






BREVE INTRODUÇÃO
Tania Orsi Vargas


Há tempos venho falando e pensando sobre este fenômeno da intertextualidade que espontaneamente e às vezes por convites, ocorre nas escrivaninhas aonde poetas confraternizam escrevendo suas trovas ou poemas sobre temas escolhidos. Acabo de publicar um artigo compilado de um caderno lietrário português sobre tal assunto, e pra minha alegria e surpresa, já houve frutos, que a nossa querida poeta Lázara me comunicou ter- se inspirado ao ler os quatro poemas portugueses ali apresentados como ilustração, e escreveu na hora um poema que já publicou agora no dia 10 do corrente. E coincidentemente eu tinha lido seu poema "Chuva" e me inspirado para escrever o meu. Penso que estas experiências são notáveis e muito significativas, e assim deixo este depoimento iniciando esta série que chamei de Cadernos Literários, uma simples forma de tentar formalizar certos encontros espontâneos e dar ênfase ao que de muito positivo ocorre neste nosso Recanto.
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C H U V A S


Lazara Papandrea

ecoam os trovões
não há céu seco
a chuva molha
o céu
a vida
o beco
as rosas

nem as rosas escapam!
[e elas morrem de medo
do vácuo de céu nas
pétalas partidas...],,,,,

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INSTANTÂNEO


Tania Orsi Vargas



...A chuva interrompe nossas andanças de seres soltos

e joga sobre nós recados de águas novas e velhas

recados do Tempo nos temporais repentinos....

Tomados de surpresa, ela nos faz prisioneiros

um tanto atordoados

molha os nossos pés num susto que logo

se transforma em rendição ao inevitável...


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CHUVA DE OUTONO

Iratiense Joel Gomes Teixeira


...E aí numa prece implorou para o sol demorar.
Não queria o encanto quebrado,
de arabescos no chão desenhados.
Dos pés deslizando na massa ,
buscando arco Iris em cores,
portais de novos amores...


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CHUVA INTERNA

Calliope


Quando chega traz um alívio
Por derramar-se
Por desafogar-me

E neste derrame lava
Leva

Mas passados os dias...
Vai embolorando
E vem um cheiro esverdeado
Um cheiro de passado...

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DEIXA QUE A CHUVA LAVE O MEU ROSTO


Lilian Reinhardt

Eu preciso de ti
eu preciso me banhar
naquela poça d\'água pura
que espelha o céu da minha argila
e o pássaro de minha alma nela se banha...


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No link abaixo veja interação poética de escritores brasileiros do site REcanto das Letras


http://recantodasletras.com.br/poesias/2903161

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